História da poupança: do cofrinho ao banco digital e a chegada da cripto

Da tradição de guardar moedas em casa à revolução financeira digital, como o hábito de poupar evoluiu e o que isso revela sobre o futuro da criptoeconomia.

Avatar ABCRIPTO
Redação ABcripto-Conheça o autor

Explore nossos artigos e acompanhe as novidades!

Leitura de 5 min-03/10/2025, 07:30
Categorias: Tecnologia
Thumbnail do Artigo

O início: poupar como prática cultural

Poupar é um hábito tão antigo quanto a própria ideia de troca e comércio. Desde os primeiros registros de sociedades organizadas, as pessoas sentiram a necessidade de reservar parte de seus recursos para garantir segurança no futuro. Um dos símbolos mais marcantes desse costume é o cofrinho — muitas vezes em formato de porquinho — que, por séculos, representou o esforço individual de guardar moedas como sinal de disciplina e responsabilidade.

Essa prática ganhou força na transição do século XIX para o século XX, quando instituições financeiras começaram a oferecer produtos voltados à poupança popular. O objetivo era criar mecanismos simples e acessíveis para que famílias pudessem acumular pequenas quantias, incentivando o hábito de planejar o futuro.

O Dia Mundial da Poupança

A importância cultural e econômica desse hábito foi reconhecida oficialmente em 1924, quando ocorreu em Milão o Primeiro Congresso Internacional de Caixas Econômicas. A partir desse encontro, nasceu o Dia Mundial da Poupança, celebrado todo 31 de outubro. A data surgiu como forma de promover a educação financeira e valorizar o papel da poupança no fortalecimento das economias nacionais.

Ao longo do século XX, campanhas em diferentes países reforçaram a mensagem de que poupar não era apenas um gesto individual de precaução, mas também uma contribuição para o desenvolvimento coletivo. No Brasil, bancos públicos e privados investiram em campanhas massivas que associavam a poupança à estabilidade e ao sonho da casa própria.

Da poupança física ao banco digital

O tempo mostrou que a forma de poupar evolui junto com a tecnologia. Do cofrinho de moedas, símbolo da disciplina em guardar, evoluímos para as cadernetas físicas de poupança, em que cada depósito e rendimento era registrado manualmente.

Com a digitalização do sistema bancário, a poupança passou a ser acessada por meio de aplicativos e plataformas online, tornando o ato de reservar recursos algo muito mais ágil e prático. Hoje, qualquer pessoa pode transferir valores automaticamente para sua conta de poupança, programar aportes recorrentes e acompanhar rendimentos em tempo real.

Essa evolução trouxe conveniência, mas também ampliou o debate sobre a eficácia da poupança tradicional, especialmente em cenários de inflação elevada. Guardar dinheiro continua sendo importante, mas já não basta apenas deixá-lo parado: a necessidade de preservar poder de compra e ampliar oportunidades de investimento exige novas alternativas.

A chegada da cripto como alternativa de poupança

É nesse contexto que os ativos digitais ganham relevância. O Bitcoin, criado em 2008 com a publicação do whitepaper de Satoshi Nakamoto, surgiu justamente como uma forma descentralizada de guardar e transferir valor sem depender de intermediários tradicionais. Desde então, outras inovações como as stablecoins (moedas digitais atreladas ao valor de ativos estáveis, como o dólar) e a tokenização de ativos reais passaram a ampliar as opções para quem busca diversificar sua reserva de valor.

Diferentemente da poupança bancária, cuja remuneração é fixada por parâmetros definidos pelo governo, ativos digitais oferecem possibilidades de retorno que dependem da dinâmica de mercado. Isso não significa ausência de risco — ao contrário, envolve volatilidade e exige maior conhecimento do investidor — mas demonstra como a noção de “guardar dinheiro para o futuro” se transformou em algo mais complexo e global.

Assim como o cofrinho simbolizava o cuidado em proteger pequenas economias domésticas, hoje a criptoeconomia representa a busca por soberania financeira, diversificação e acesso universal a instrumentos antes restritos a poucos.

A história da poupança mostra que o hábito de reservar recursos atravessa séculos, mas se reinventa de acordo com as ferramentas disponíveis em cada época. Do cofrinho às cadernetas físicas, dos bancos digitais às carteiras digitais de criptoativos, a essência continua a mesma: preparar-se para o futuro.

O desafio atual está em equilibrar tradição e inovação, aproveitando a segurança das estruturas financeiras já consolidadas e, ao mesmo tempo, explorando as oportunidades que a criptoeconomia oferece.

A ABcripto desempenha um papel fundamental nesse processo, promovendo educação e informação de qualidade para que mais pessoas entendam como poupar, investir e proteger seu patrimônio em um mundo cada vez mais digital.

🔹 Quer entender mais sobre criptoeconomia, inovação e regulação? Acesse os conteúdos educativos da ABCripto: ABcripto Educação.

Redação ABcripto

Explore nossos artigos e acompanhe as novidades!

Somos dedicados a trazer informações precisas e relevantes sobre o universo dos criptoativos e blockchains. Nosso foco é manter você atualizado sobre as principais novidades, análises de mercado e tendências da criptoeconomia.